sábado, 27 de agosto de 2011

Afeto

Afeto
(Extraido do site
GUIA - HEU)

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As influências afetivas, sociais e ambientais no desenvolvimento psíquico já são estudadas há muito tempo, mas só na última década as bases biológicas do comportamento e da personalidade começaram a ganhar consistência...

Geneticistas e biólogos moleculares estão chegando cada vez mais perto de certos segredos da mente inscritos no genoma...

Nas décadas de 70 e 80 alguns cientistas acreditavam que apenas a genética era suficiente para determinar a personalidade; hoje, pesquisas revelam que o afeto, o medo e outras experiências modulam a expressão de genes e alteram o comportamento...

Ambientes ricos em estímulos favorecem a transcrição de muitos genes, inclusive dos que codificam fatores de crescimento neural...

Já foi comprovado, por meio de estudos longitudinais, que crianças cujos pais não puderam se ocupar suficientemente delas na primeira_infância têm maior tendência a desenvolver depressão posteriormente...

O afeto materno nos primeiros anos de vida é capaz de ativar genes que mínimizam os efeitos nocivos do stress por toda a vida.

Dependemos de experiências afetivas nos primeiros anos de vida para que nosso programa genético se desenvolva completamente.

A importância das relações sociais vai muito além da subjetividade — o afeto deixa suas marcas também genéticas. Fica claro, portanto, o caráter ideológico da teoria sociobiológica, que considera o gene um ator egoísta na cena evolutiva. Muito pelo contrário, eles nunca agem de forma autônoma. A melhor metáfora seria o genoma como um teclado de piano que o organismo “toca” à medida que reage a sinais_externos, Os genes se mostram excepcionalmente flexíveis e cooperativos, até porque não podem ser transcritos sem a ajuda de outras moléculas.

Revista MENTE / CÉREBRO - SCIENTIFIC AMERICAN - ANO XV - Nº 181 - páginas 36, 39, 42, 47/49.

www.mentecerebro.com.br

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