Segundo os Espíritos superiores, em resposta à questão 913 do Livro dos Espíritos, o egoísmo é o pior de todos os vícios, porque dele emana todo o mal. Eles nos dizem: “estudem todos os vícios e verão que no fundo de todos eles o egoísmo está presente”.
A benfeitora Joanna de Angelis classifica o egoísmo como uma doença que envenena as almas (Vida Feliz). Portanto, livrarmos desse sentimento nefasto, atávico e imemorial, que acompanha os homens desde sempre, deve fazer parte dos objetivos de nossas encarnações. Mas como eliminar, ou pelo menos reduzir, essa chaga de nossos corações, já que muita das vezes ela se apresenta de maneira subliminar à nossas consciências?
Há quem diga que se trata de uma tarefa impossível. Sabemos que não é somente uma tarefa possível, como também, necessária. Seria uma violação à lei de Deus se nós ficássemos sujeitos ao mal sem a possibilidade de combatê-lo. Deus é soberanamente bom e justo, e não permite que isso ocorra. Então, os Espíritos superiores nos deram a resposta à questão supracitada: “O egoísmo se enfraquecerá pela predominância da vida moral sobre a vida material” (Livro dos Espíritos, q. 917).
Para a transformação moral de nossas vidas, precisamos observar os mandamentos de Jesus Cristo: primeiro devemos amar a Deus, e em seguida, amar ao próximo como a nós mesmos, já que seria impossível amar a si e ao próximo sem amar a Deus primeiro. Note que os ensinamentos de Jesus nos manda amar indiscriminadamente, inclusive nossos inimigos, de forma absolutamente incondicional, sem ser seletivo ou preferencial, mudando o foco das atividades humanas de egocêntricas para solidárias, propagadora da caridade e da fraternidade. Certamente, esta é a melhor forma de se combater o egoísmo em nós e na sociedade, pois onde existe amor, não há espaço para que o egoísmo se desenvolva.
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