Não sentirei jamais
o frio da desgraça,
De vez que já senti
o perfume embriagador!
Reconheci no lar
essa inefável graça.
Que Deus me
concedeu, sublime santuário
De crença, luz e
amor!
Eu não serei jamais
no mundo um perdulário,
Que despreza a alegria
e só granjeia a dor.
Não hei de mais
viver sentindo mágoa e pranto.
Não quero nunca
mais viver como usurário,
Que foge á luz do
amor!
É tão grandioso o
lar! O seu poder é tanto,
Que é de fazer
pasmar! É tal o seu valor,
Que o descrever não
posso, entrevendo-lhe o encanto
Da luz bela e
sutil, que mostra em cada canto
Chispas de puro
amor!
Bendito seja o lar,
escrínio de perdão,
Jardim policromado
onde viceja a flor,
Que da fragrância e
vida a todo coração!
Lar templo da
família! Altar do bom cristão!
És o solar do amor!
Amadeu Santos – “O retumbar da
trombeta”- Ed. FEB.
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