terça-feira, 14 de abril de 2015

O lar

Não sentirei jamais o frio da desgraça,
De vez que já senti o perfume embriagador!
Reconheci no lar essa inefável graça.
Que Deus me concedeu, sublime santuário
De crença, luz e amor!

Eu não serei jamais no mundo um perdulário,
Que despreza a alegria e só granjeia a dor.
Não hei de mais viver sentindo mágoa e pranto.
Não quero nunca mais viver como usurário,
Que foge á luz do amor!

É tão grandioso o lar! O seu poder é tanto,
Que é de fazer pasmar!  É tal o seu valor,
Que o descrever não posso, entrevendo-lhe o encanto
Da luz bela e sutil, que mostra em cada canto
Chispas de puro amor!

Bendito seja o lar, escrínio de perdão,
Jardim policromado onde viceja a flor,
Que da fragrância e vida a todo coração!
Lar templo da família! Altar do bom cristão!
És o solar do amor!



Amadeu Santos – “O retumbar da trombeta”- Ed. FEB.

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